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Conhecer, respeitar e compreender

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), ao contrário do que se pensa, não é uma doença. Trata-se de uma condição neurodesenvolvimental que afeta a forma como as pessoas autistas percebem e interagem com o mundo. Isso faz com que a forma como pessoas com Autismo processam informações sensoriais, relacionam-se com as outras pessoas e compreendem o mundo social sejam afetadas. Muitos têm uma capacidade de desenvolvimento aumentada por seu hiperfoco ou foco restrito.

 

Há graus para o Autismo, de forma que é diferente em cada pessoa, podendo algumas pessoas se enquadrarem dentro de conceito normal, que na verdade nada mais é do que ser igual àquela pessoa que não tem autismo ou outra classificação a partir de uma avaliação de seu neurodesenvolvimento. 

 

No dia de hoje, 2 de abril, é o Dia Mundial do Autismo decretado pela Organização das Nações Unidas para comemoração do Autismo. É um dia para se lembrar que não cabe pré-conceitos e que o melhor para a própria humanidade é que se busque Conhecer, Respeitar e Compreender o TEA. Então é de se questionar o quanto a humanidade está preparada para isso.

 

Em um livro intitulado “Os Anjos Bons da Nossa Natureza - Por que a violência diminuiu”, o escritor canadense Steven Pinker, com uma riqueza histórica e estatística, fundamenta que desde a Segunda Guerra Mundial, o mundo nunca experimentou tanta positividade rumo à erradicação da violência.

 

Quem ler o livro, inclusive, consegue detectar os sinais que o mundo, hoje, emite no sentido de um outro conflito mundial. No entanto, aqui no momento, não vamos nos ater a esse ponto.

 

Ocorre que para Pinker a empatia, prudência, razão, senso de justiça, autocontrole e moralidade e tabu foram capazes de diminuir a violência. Esses últimos com seu aspectos negativos, quando usados para o cerceamento de liberdade, mas positivo quando são capazes de frear o ímpeto da mente que leva à guerra, uso de arma química ou nuclear, estereótipos desumanizadores como discriminação racial, estupro, ganância, concorrência desleal e vários outros aspectos considerados humanos.

 

É aqui que retornamos ao Autismo, pois se a humanidade foi capaz de diminuir a violência - olhe para o mundo de Roma e o Coliseu, da Idade Média onde a tortura da Santa Inquisição era altamente atroz, onde pessoas eram enjauladas em praça pública, enquanto a sociedade assistia regozijando, enforcamentos em praça pública eram um espetáculo - então é capaz de ultrapassar a fronteira da negativada da moralidade e do tabu  e colocar totalmente em prática sua empatia, prudência, razão para entender do que se trata o comportamento de cada indivíduo e alcançar todo seu senso de justiça, a fim de não julgar sem conhecer. Ser capaz de compreender e respeitar.

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